Dois de Julho: confira programação para os festejos da Independência da Bahia em Feira de Santana
Evento será realizado na quarta (2), a partir das 8h, no distrito de Maria Quitéria, onde nasceu a heroína. Desfile cívico-militar marca celebração do Di...

Evento será realizado na quarta (2), a partir das 8h, no distrito de Maria Quitéria, onde nasceu a heroína. Desfile cívico-militar marca celebração do Dia da Independência da Bahia em Feira de Santana Jorge Magalhães A Independência do Brasil na Bahia será celebrada com missa, queima de fogos, hasteamento de bandeiras, desfile cívico-militar e apresentações culturais na quarta-feira (2), em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado. A programação será realizada a partir das 8h, no distrito de Maria Quitéria. Confira a agenda abaixo: Missa festiva na Igreja de São José; Queima de fogos de artifício; Hasteamento das bandeiras; Desfile cívico-militar com autoridades, militares e estudantes; Apresentações da comunidade da terceira idade e manifestações artístico-culturais. A celebração do Dia da Independência da Bahia é realizado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana (IHGB), em parceria com a Prefeitura Municipal, o 35º Batalhão de Infantaria e a Comunidade de São José. "As comemorações no distrito de Maria Quitéria têm um significado ainda mais especial por reverenciar a memória de sua ilustre filha, que se tornou um dos maiores símbolos da luta pela liberdade e da participação feminina na história do Brasil", diz a nota emitida pelo IHGB. Celebrações da Independência do Brasil na Bahia têm shows, desfile de fanfarras e espetáculos de danças; confira programação Sobre Maria Quitéria Conheça a história de Maria Quitéria, uma das heroínas do Dois de Julho Nascida na antiga comunidade de São José das Itapororocas, onde hoje existe o distrito de São José, na zona rural de Feira de Santana, Maria Quitéria, primeira militar brasileira, se passou por homem e virou heroína da Independência do Brasil na Bahia, concretizada em 2 de Julho de 1823. A baiabna que sabia atirar, cavalgar, caçar e pescar, tinha atributos para engrossar as fileiras do Exército brasileiro na luta contra o domínio português nas lutas pela Independência do Brasil na Bahia. No entanto, por ser mulher, a jovem não poderia servir. Primogênita de três filhos, a heroína da Independência era filha da baiana Quitéria Maria de Jesus e do português Gonçalo Alves de Almeida. Aos 10 anos, ela testemunhou a morte da mãe e passou a assumir a gestão da casa e cuidar dos irmãos. Com a morte da mãe de Maria Quitéria, o pai da heroína, Gonçalo, se casou outras duas vezes. A primeira madrasta morreu de forma prematura, e a má relação com a segunda companheira do pai foi o estopim para o início trajetória independente da jovem heroína. A jornada de Maria Quitéria para se tornar Soldado Medeiros passou por roupas emprestadas e entrosamento com equipes de batalha, começando no Batalhão dos Periquitos, em Cachoeira, berço da Independência do Brasil no Recôncavo, até chegar em Salvador. A baiana lutou e conseguiu se destacar no no batalhão dela. Durante a "Batalha de Pirajá", na defesa de Ilha da Maré e na de Piatã, onde ela entrou em uma trincheira, rendeu os portugueses e os levou, sozinha, para o acampamento. A partir desse feito ela foi condecorada a cadete. Após ter o disfarce reconhecido, a heroína escolheu continuar nos combates, a contragosto do pai. SAIBA MAIS: Primeira militar brasileira se passou por homem e virou heroína no campo de batalha Joana Angélica, Maria Felipa, João das Botas, Corneteiro Lopes: conheça os heróis da Independência do Brasil na Bahia Senado institui Medalha Maria Quitéria para homenagear mulheres que se destacaram na luta pela equidade de gênero Conheça a história de Maria Quitéria, que se vestiu de homem para ir à Guerra da Independência A coragem de Maria Quitéria foi reconhecida pelos colegas e também pelo então imperador Dom Pedro I. A baiana recebeu várias honras, incluindo um convite para ir pessoalmente ao Rio de Janeiro, visitar o imperador e ganhar a insígnia de "cavaleiro" da Ordem Imperial do Cruzeiro. Apesar de tudo, a relação familiar ficou estremecida. Ela então pediu uma carta de conciliação a Dom Pedro, que escreveu uma carta onde ressaltou a bravura e a importância da participação de Maria Quitéria nos combates na Independência da Bahia. Após a carta imperial, Maria Quitéria e o pai se reconciliaram. A heroína passou a morar em Feira de Santana e depois se mudou para cidade de Coração de Maria, vizinha à terra natal. Só depois da morte do pai é que ela casou com o companheiro, Gabriel de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição, e passou a viver em anonimato, na capital baiana. Já no início da velhice, Maria Quitéria foi diagnosticada com uma inflamação no fígado. A doença deixou a heroína quase cega. Em agosto de 1853, aos 61 anos, Maria Quitéria morreu na capital baiana. Ela foi enterrada em uma cova rasa, como indigente, em um cemitério que era contíguo à Igreja de Santana. LEIA MAIS: Entenda motivo de Cachoeira virar capital da Bahia uma vez por ano Você sabe tudo sobre a Independência do Brasil na Bahia? Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé 💻